Meditação, chacras e o Despertar do Terceiro Olho

Com base no anteriormente exposto, compreendemos que meditar não é relaxar, visualizar, fazer afirmações, tampouco analisar algo mentalmente. Não há nenhum problema com isso, mas compreenda nosso princípio básico: meditar é a arte de abrir-se para novos níveis de consciência, níveis estes em que funcionamos de maneira muito diferente ao da mente comum a que estamos acostumados.

Por exemplo, dentro destes níveis mais elevados, deixamos para traz o pensamento compulsivo, passando a perceber as coisas através de canais muito mais sutis e intuitivos – o que levou estes estados ampliados de consciência a serem chamados de “vazio iluminador”, “silêncio interior” ou “mente em branco” por algumas tradições. E quando isto ocorre, a magia se revela: continuamos existindo, mas de forma muito mais intensa e verdadeira do que quando estamos presos pelo bla bla bla da mente!!

Além disso, diferentes níveis de consciência têm suas próprias características e sabores!

Quando falamos em “sabor de consciência” isso soa um pouco vago no princípio, mas podemos definir como algo que experimentamos em nossas sensações internas e que as palavras não conseguem traduzir com perfeição.

Por exemplo: você já experimentou uma fruta diferente das que consome com frequência? Eu pessoalmente me maravilhei quando provei pela primeira vez o sabor exótico de um kiwi! E esse é exatamente o cerne deste termo: quando falamos em “sabor”, é muito difícil explicar com palavras pra outras pessoas como ele é. Por mais simples que seja, sem provar a fruta, qualquer referência se torna imprecisa.

Em termos de experiências de consciência, alguns níveis nos fazem sentir leves e eufóricos como se estivéssemos viajando sem amarras pelo espaço, vivenciando a extraordinária sensação de sermos parte inseparável do Infinito. Outros, despertam em nós uma força e solidez inabaláveis, como se nada pudesse nos parar. Além, é claro, de todo um leque intermediário entre estes mencionados. Mas a verdade sobre estas experiências é uma só: elas nos ajudam a reconhecer outras maneiras de existir que muitas vezes jamais poderíamos conceber, abrindo portas internas que nos permitam existir fora de nossa pequena (e apertada) gaiola mental.