Passividade inconsciente – isso custa caro!

passividade

Passividade é uma palavra interessante que merece ser estudada. E por isso é importante entender essa energia e o que ela nos traz.

Esta palavra nem sempre é bem vista, porque alguém passivo é considerado inerte, que não toma decisões na vida – o que também é verdade! Vamos então entender isso melhor.

Passividade é uma característica da energia yin, feminina, introspectiva. Por isso é menos ativa e sem impulsividade “para o mundo”; pelo contrário, ela nos leva pra dentro. E isso não é algo negativo, é uma característica desta energia, que está presente em muitas pessoas e nem sempre é bem vista pelos outros, sendo motivo de crítica.

Precisamos então entender quando ela está sendo utilizada de forma positiva, e quando ela nos traz problemas.

Como esta energia nos leva pra dentro, ela nos conduz ao recolhimento, a “ausência da ação” e lidar com as coisas de forma pacífica e mais harmônica. Mas como posso saber se estou utilizando esta energia de forma realmente correta ou não?

Uma maneira de entender a questão é que ao lidar com as coisas de forma passiva, porém inconsciente, a passividade se torna inércia e procrastinação. Além de nos tornar vítima das circunstâncias.

Quando estamos neste perfil as pessoas ao nosso redor nos pedem algo que naquele momento não temos condições de fazer, mas por sermos passivos demais, não sabemos dizer não, assumindo uma postura de vítima por nos calar e não nos expressar, deixando de falar coisas que pensamos e sentimos, acreditando que o outro vai entender “nas entrelinhas” nosso desconforto. Nos tornamos capacho dos outros, fazendo tudo pra todos, mas sem tempo ou satisfação com o que fazemos.

Este comportamento é muito comum quando estamos dentro de um caminho da espiritualidade e autoconhecimento, onde somos levados a pensar que devemos ser calmos e tranquilos fazendo e resolvendo tudo pra todo mundo: já que o outro também é um reflexo de quem eu sou, então não temos o direito de negar coisas, nos posicionar e dizer não. E esse é um grande erro.

Você já percebeu que até mesmo os Mestres muitas vezes não eram nada pacíficos, colocando limites e “rodando a baiana”?

Veja o exemplo de Jesus entrando no templo e expulsando os mercadores. Você acha que bastou umas palavras doces pra que isso acontecesse?

Mas será que ele “perdeu a cabeça”, ou “não foi espiritualizado” neste momento? É claro que não, estamos falando de um ser superconsciente, que sabia aplicar sua energia de forma correta e no momento certo.

Passividade inconsciente nos torna vítimas, procrastinamos (pra não ter que enfrentar pessoas ou situações), não nos posicionamos corretamente, não conseguimos dizer não, tampouco colocar limites ou tomar as melhores decisões… estar inconsciente é viver entre crenças e padrões, e deixar esta programação no comando de nossa vida. E pra mudar isso, é preciso encontrar a origem destes condicionamentos, estudar que pensamentos e sentimentos surgem quando imagino dizer um “não”, eliminar o medo de magoar quando assumimos uma postura.

E perceba que tudo isso se liga a baixa autoestima, falta de confiança, necessidade de agradar ao outro… é um caminho amplo reconhecer toda esta bola emaranhada!

Mas o aspecto yin não é um problema! Esta é a energia do feminino, do acolhimento e da introspecção: nós apenas precisamos lidar com isso de forma consciente. E como fazemos isso? Bem, para isto trilhamos o caminho do autoconhecimento, da meditação, da regressão e vidas passadas: pra encontrar em nós o que não nos serve e nos guiar pela luz da nossa consciência.

Este movimento permite que o lado yin vá surgindo no lugar correto, quando ele é necessário, onde precisamos fazer seu uso e FAZER O QUE DEVE SER FEITO!

Isso significa que muitas vezes vamos tomar uma decisão, nos colocar ou dizer um não, cientes de que isso nem sempre agrada a todos, mas fazemos mesmo assim sabendo que isso é o melhor a ser feito. Mas vamos fazer isso guiados pela nossa intuição, não pelo inventário de crenças e pensamentos condicionados.

Estamos aqui para fugir dos padrões, questionar, somos as ovelhas negras!

Este é o momento pra nos colocar de forma passiva, pacífica e acolhedora, nos tornando empáticos ao outro, entendemos seu ponto de vista – mas sem que isso nos impeça de discordar! E fazemos nosso melhor mesmo assim, nos tornando ACERTIVOS, atentos e conscientes, conectados com nosso poder pessoal e colocando ordem em nossa vida, porque simplesmente aprendemos a nos expressar de forma tranquila e sem sofrimento.

Lembre-se que isso não ocorre em um clique, mas estamos aqui pra nos dedicar e aprender não é mesmo?

E o lado yang? É ele que nos impulsiona, dá garra, nos empurra pra frente: é claro que ele tem seu lugar! Tudo é questão de equilíbrio. E esse equilíbrio perfeito é nossa meta no trabalho espiritual, na meditação (ótimo momento pra construir a passividade consciente), e aplicando esse aprendizado em tudo, conciliando momentos de silêncio e de ação.

Essa é uma forma de não nos deixar em último plano, nem acreditar que somos obrigados a segurar peso alheio: construímos assim nosso próprio caminho do meio.

Então vamos recapitular: será que você está agindo no seu dia pacificamente, pacientemente, porém de forma inconsciente e não está vendo? Será que você está sendo passivo demais, colocando cargas nos ombros de tanto se calar e dizer sim?

Se você está na dúvida, existe uma forma de entender se o que estamos fazendo está sendo benéfico ou não, respondendo algumas perguntas: isso que você está fazendo está trazendo cansaço? Só de pensar na situação você já sente preguiça? Você se sente exaurido ou pesado com estas atividades? Esses são sinais de alerta, de que algo não está correto.

Por outro lado, se você faz algo, aceita, se dedica com todo seu carinho e isso te traz brilho nos olhos, isso indica o contrário: você está no caminho correto!

Viu como é simples?

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