Meditação parte 2 – sua mente, seu inquilino indesejado!

mente

Você não sabe, mas seu sagrado espaço interior foi invadido sorrateiramente. E tal como um vírus de computador, este invasor se apropriou de suas funções de forma tão sutil e dissimulada, que você sequer está notando o estrago que ele está produzindo em seu sistema.

Quem é este invasor? É a sua MENTE.

A mente? Mas ela não é uma parte do nosso Ser?

Sim, mas em nossa atual condição, ela se transformou em um parasita!

Não acredita? Então vamos fazer um teste.

Imagine que você pudesse personificar sua mente como se ela fosse uma pessoa externa, como se fosse possível tirar esta camada de seu interior, coloca-la do lado de fora e percebe-la como um ser separado. O que encontraríamos?

Alguém que fala sozinho sem parar, incoerente, inseguro, que se contradiz constantemente, que se culpa pelo passado e teme o futuro.

Seria alguém que toma decisões com base em medos ou anseios infundados, que julga e classifica o tempo todo, que interpreta tudo conforme sua própria ótica e cria intermináveis diálogos com as mais loucas histórias…

Alguém que lava a louça pensando no jantar, e janta reclamando da louça. Ou seja, ele nunca está aqui!

Como seria nossa convivência com alguém assim?

interdimensional gate

Possivelmente, em poucas horas estaríamos cansados desta indesejável companhia, e querendo nos livrar dela rapidamente! Insano, é o mínimo que diríamos a respeito desta pessoa.

Você confiaria suas decisões a alguém sofrendo de tamanho distúrbio? Deixaria sua vida ser dirigida por alguém assim? Seguiria seus conselhos?

Como você classifica uma pessoa que fala sozinha quando cruza com alguém assim na rua?

Então a pergunta sensata é: apenas porque este ser tão ruidoso está dentro de sua cabeça, isso o torna automaticamente digno de confiança ilimitada? Bem, você começa a entender agora porque nossa vida é tão conturbada!

Mas quando escuta este tipo de coisa pela primeira vez, muita gente se pergunta: mas minha mente não é quem eu sou?

Façamos outro teste simples pra entender: se você consegue ler este texto, significa que “você” e “o texto” são coisas separadas, distintas, que podem ser percebidas pelos nossos sentidos, concorda? O mesmo vale para qualquer objeto externo: um livro, uma mesa, um veículo, uma pessoa – são objetos externos que podem ser vistos, tocados ou ouvidos com nossos sentidos.

Agora olhe para dentro de si mesmo: existem emoções, pensamentos, sensações… se você consegue perceber a tudo isso, e consegue observar e interagir com estes “objetos internos”, surge uma nova pergunta: quem é esse que observa?

Se consigo perceber minhas emoções, o que dentro de mim tem a capacidade de perceber?

Se posso observar meus pensamentos, então “eu” e “meus pensamentos” não são a mesma coisa!

Uma das conclusões mais fascinantes da física quântica é que para todo fenômeno existente, sempre existe um elemento comum: um observador. Este observador é quem você É verdadeiramente, sua Consciência, o gênio da lâmpada de quem falamos anteriormente.

Aqui temos outro dos objetivos primordiais da meditação: separar através da experiência direta minha ESSÊNCIA de minha mente – a CONSCIÊNCIA que percebe dos pensamentos percebidos.

Nossa mente é apenas uma parte de nosso Ser. É apenas uma frequência. E deveria ser apenas o mordomo, mas na condição atual da humanidade, ela se converteu no patrão e no tirano ao mesmo tempo!

Dentro de nossa mente temos não apenas os pensamentos compulsivos, mas os medos, ansiedades, traumas (inclusive os desconhecidos), todo tipo de bloqueios, sistemas de crenças (não apenas religiosas), justificativas e julgamentos.

Você já percebeu que algumas pessoas tem um roteiro mental pronto pra tudo – inclusive para seus fracassos?

Já notou que a voz em sua cabeça é constante e dita os rumos da sua vida?

Você já teve a intenção de fazer algo, e imediatamente escuta uma voz interior dizendo “…ah, mas e se der errado…” e automaticamente desiste de seus planos?

Você já se deu conta que é essa voz interior que dita suas regras, apontando pessoas que deve gostar ou odiar, o que fazer e o que afastar, como se comportar e como se justificar? Está tudo na sua cabeça, ou melhor dizendo: são apenas pensamentos em sua mente…

Nosso maior desafio no caminho da iluminação interior consiste justamente em realizar um trabalho árduo de SEPARAÇÃO: quem eu sou, e quem – enganosamente – se passa por mim. Mas ninguém consegue fazer isso se não tiver uma disciplina de meditação.

Eu já mencionei anteriormente que meditar é entrar em espaços de silêncio. E nestes intervalos preciosos, quando através da prática conseguimos fazer nossa mente se calar, podemos nos maravilhar ao perceber que CONTINUAMOS EXISTINDO sem a necessidade da voz interior. E mais ainda: é muito mais agradável permanecer mentalmente mudos! (na realidade, é como entrar no paraíso!)

Mas… aí vem uma pergunta interessante: quantas pessoas você conhece que conseguem atingir estes estados? Você mesmo, que está lendo este texto, olhe agora pra dentro de si e se pergunte: existe barulho em minha mente? Faça um teste, feche seus olhos e tente ficar uns, digamos, 30 segundos de absoluto silêncio.

Foi fácil?

Existe um motivo pra isso acontecer: CONDICIONAMENTO.

Condicionamento é quando fazemos ou repetimos algo tantas vezes, que passamos a operar de modo automático.

É por força de condicionamento que nos acostumamos a viver dentro de uma mente ruidosa e inconstante.

É por condicionamento que vivemos energeticamente bloqueados.

É por estar condicionados que fazemos coisas que não nos ajudam, e deixamos de fazer coisas importantes pra nossa evolução.

São nossos condicionamentos que nos empurram para falar ou fazer coisas das quais nos arrependemos, mas que na hora não conseguimos segurar…

É por condicionamento que muitas pessoas vivem uma vida infeliz, mas acham que “viver é assim mesmo” – e ainda chamam isso de “vida”!…

Ufa! Tem gente há tanto tempo dentro desta mesma estrutura viciada e apertada, que não consegue nem se imaginar fora dela…

É por condicionamento que vivemos em uma estrutura mental. Mas este condicionamento está conosco a tanto tempo, que raramente nos questionamos se isso realmente é o melhor!

Mas a boa notícia é: isso tem solução. Viver dentro de uma gaiola mental não é obrigatório. É claro que dá trabalho sair disso, que é preciso esforço e dedicação… Mas o que pode ser mais estimulante em nossa vida do que encontrar o sentido da verdadeira liberdade?

SEGUE COMIGO NA PARTE FINAL:

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