Que fatores definem sua vida futura?

futuro

Sabe quando você tem uma preocupação em função de algum assunto mal resolvido durante seu dia… e você vai jantar pensando naquilo, está com a família pensando naquilo, vai dormir pensando naquilo e ainda perde o sono pensando isso…

E o que isso tem haver com nosso tema? Bem, a forma como lidamos com os assuntos cotidianos e os levamos até nossas noites (e os intervalos que os sonhos proporcionam) é um paralelo interessante pra entender os intervalos entre uma vida e outra, e o que define as energias que vamos levar para a existência posterior.

Intervalos de sono e intervalos entre vidas tem muita similaridade.

Os povos tradicionais, como os maias por exemplo, descreviam seus calendários de tempo como uma engrenagem ativa em um circuito dentro de outra. E podemos entender que intervalos de sonhos são o reflexo pequeno de intervalos entre vidas.

Mas quando deixamos o corpo em definitivo – quando morremos -, precisamos entender que “a vida” é uma só, que tudo continua de onde parou, embora com um corpo (ou uma roupagem) diferente. Estaremos em diferentes circunstâncias, dimensionalidade, com outras pessoas e família, mas tudo é a continuação da mesma vida, dos mesmos assuntos e questões em aberto.

Vamos voltar ao exemplo da preocupação do primeiro parágrafo: durante a noite de sono e seus sonhos, é possível você programar uma resposta para seus problemas (inclusive tenho uma postagem anterior falando sobre isso) vindo da sua consciência superior, ter insights ou novas percepções sobre as questões pendentes. Mas quando acordamos, os problemas continuam lá – e precisam de ação para serem resolvidos!

O que quero dizer com isso é que as ideias pra fazer qualquer tipo de mudança de vida podem surgir a qualquer momento, mas a situação vai mudar apenas quando nós fizermos nossa parte, afinal fomos nós quem as criamos! E como somos o único responsável pelas circunstâncias que nos rodeiam, precisamos encarar o problema e resolvê-lo.

E assim são os intervalos entre vidas: deixamos as coisas pra traz, e não importa se passamos 8 meses ou 80 anos no mundo espiritual. Ao retornar, as questões permanecem em aberto, voltamos a um novo corpo, uma nova encarnação, mas nada foi resolvido magicamente: as pendências que criamos em uma existência passada não estão largadas em nenhum lugar “lá fora”, senão dentro de nosso próprio sistema.

Por exemplo: você está magoado com alguém, entenda o óbvio – a mágoa é sua. Talvez a outra pessoa nem recorde mais disso, mas você sim – ou seja, seu problema está dentro de você. Faça um teste: traga pra sua mente a lembrança de uma situação difícil que você viveu, e vai perceber que essa memória esta impregnada de carga emocional: quanto mais intensa esta carga, mais viva a situação está em nosso inconsciente (embora nem sempre tenhamos percebido isso). Mas basta um pequeno esforço pra trazer a lembrança que toda a carga emocional surge novamente – mesmo que façamos de conta que está tudo bem no lado de fora!

Com base nisso, podemos dizer que existem 2 elementos principais que definem nossa próxima encarnação.

O primeiro deles são todas as experiências que acumulamos em nossa vida.

E com isso, me refiro a absolutamente tudo que vivemos, mesmo aqueles momentos que acreditamos que esquecemos (ou que nos esforçamos pra isso). Mas lembre-se que nosso inconsciente, nosso grande HD, guarda tudo, o tempo todo, e com riqueza de detalhes! E nos momentos finais desta vida, vamos rever todo este arquivo, mas sem os véus e ilusões que nos colocamos: vemos as coisas e fatos como elas são, cruamente, sem enganos, nos confrontando com situações, emoções e frequências de energia que estamos armazenando nos porões de nossa consciência. Nestes momentos, bastante tardios é claro, temos a oportunidade de perceber o que estávamos carregando em vida (mesmo que escondido), e porque muitas coisas não davam certo!

Isso nos ajuda a entender porque pessoas (principalmente os velhinhos) que estão se preparando pra retornar a Fonte, ao mundo espiritual, falam da infância, falam dos pais, lembram das dificuldades que muitas vezes viveram a 80 anos atrás e choram como se fossem crianças! Eles já começaram a aflorar essa informação pra sua consciência, e tem com isso a oportunidade de lidar com estes assuntos. Ou seja, ter uma vida longa e poder rever essas pendências de forma tranquila – e ainda fazer alguns ajustes – é uma bênção!

O oposto ocorre quando somos arrancados daqui sem termos tempo pra rever nossa história. E aí temos a segunda parte da explicação.

Outro fator determinante que vai nos guiar para nossa próxima encarnação são justamente os instantes finais, as últimas respirações aqui no mundo.

É claro que isso pode ser uma questão de horas, ou até dias – não dá pra fixar tempo cronológico. Mas a essência disso são aqueles momentos quando definitivamente a pessoa já está se desligando.

O que acontece nestes momentos? Mesmo que a pessoa nunca tenha se interessado por espiritualidade e expansão da consciência, ela vai ficar mais sensitiva, mais perceptiva, e vai se abrir pra sentir qualidades energéticas com as quais nunca tinha entrado em contato – o que é natural, já que ela estará com um pé em cada mundo! Com isso, vai perceber guias ou anjos presentes no quarto, eventualmente entes da família que já se foram, todos ajudando-a a compreender que é hora de empreender a grande viagem.

Nestes momentos, ela começa a rever o passado, e vai perceber que tudo vai ficar pra traz: o dinheiro, posses, trabalho, pessoas… tudo fica. E a forma como vai lidar com isso é definitivo, tão importante quanto tudo que viveu, pra que ela comece a produzir o cenário da próxima vida – não importa onde isso vá se desenrolar.

Por este motivo as antigas tradições dão tanta importância para os rituais de morte, pra que a pessoa que está partindo consiga entender que não tem retorno (algo nem sempre fácil de ser assimilado em nosso mundo tão materialista) – onde muita gente morre e nem sabe o que aconteceu! Os rituais fúnebres preparam a alma pra grande transição…

Além disso, o estado emocional das pessoas que a circulam é muito importante.

Se existe choro, tristeza e desespero, aquele que parte vai perceber esta dor (mesmo que ele esteja inconsciente ou adormecido): sua alma, não seu corpo, irão sentir. E isso vai dificultar muito pra que o moribundo consiga se desligar e seguir. E essa dor que ele sente do entorno, além de influenciar seu próprio estado vibracional, também está influenciando o cenário da sua próxima existência.

Veja então que existem duas situações definitivas pra prepararmos nossa vida futura.

1 – como vivemos e lidamos com as dificuldades e o lixo energético que armazenamos nesta existência;

2 – o momento da morte, onde iremos nos defrontar com quem somos, o que registramos além da energia que nos cerca.

Se no momento da transição sofremos com a partida, significa que nunca nos preparamos pra deixar o mundo: não morremos o suficiente em vida, e agora precisamos deixar o corpo pra aprender a morrer com a morte!

Tem uma história muito interessante que ilustra este processo, e se refere a biografia do iogue norte-americanos chamado Ram Dass, contada em um filme autobiográfico chamado Graça Feroz – que foi a maneira como ele descreveu sua quase-morte.

Ram Dass, antes da yoga, era um professor universitário de Harvard, na década de 60, quando o movimento hippie e as substancias psicodélicas, como o LSD, começaram a ser pesquisadas em ambiente de laboratório. Ele ficou maravilhado com as propriedades que essas substâncias possuíam (não recomendo, é apenas um fato biográfico 😊), quando ouviu falar que na Índia existiam pessoas que tinham resultados ainda superiores aos dele – mas naturalmente sem o uso de nenhuma substância!

Ele foi pra Índia, estudou com um Guru, e retornou anos depois pros EUA onde começou a ensinar. Ou seja, ele era alguém que tinha bagagem! Mas como o Universo é um grande mistério, depois de 15 anos depois que ele já era reconhecido como uma autoridade no campo espiritual, ele teve um AVC! E esse é justamente o tipo de coisa que nunca esperamos, assim como não esperamos um acidente, um vírus mortal, um infarto… simplesmente acontece! rs E ele menciona em uma entrevista que, mesmo com todo o preparo que tinha, entrou em desespero! rs Mas obviamente sobreviveu ao AVC e, apesar das sequelas, continuou ensinando por mais 40 anos…

O ponto alto deste evento, que ele chamou Graça Feroz, foi quando se defrontou com a morte e percebeu que ainda não estava preparado, apesar de tudo que já tinha vivido e construído!

E esse é o exemplo clássico de como o inesperado nos revela coisas que não sabíamos que carregávamos, motivo pelo qual é tão importante fazermos um trabalho constante sobre nós mesmos, e FAZER DA MORTE NOSSA GRANDE ALIADA ENQUANTO ESTAMOS EM VIDA porque os instantes em que estamos nos desligando deste corpo está plantando as sementes pra nossa próxima etapa de vida!

Por isso, SABER MORRER é uma ARTE!

E viver uma vida fazendo da morte nossa melhor aliada, é a melhor maneira de nos preparar.

Nosso trabalho como terapeutas e conectores de vida passadas tem nos mostrado estes detalhes constantemente! No e-book que eu escrevi falo um pouco sobre minha experiência própria com estes princípios, e como minha existência anterior num campo de prisioneiros, me sentindo preso e solitário, me colocou em uma nova família em que eu tinha que lidar com os mesmos sentimentos de abandono. Mudou o cenário, mas a carga emocional e energética não muda, tudo continua de onde parou – assim como o Ouroborus, que mostra que o inicio e o fim de circunstâncias se entrelaçam continuamente – o fim de uma vida deixa as sementes para o início de outra.

E com isso, podemos dizer que existem duas lições muito importantes que tiramos:

Precisamos aprender a viver uma vida material, mas com uma conexão espiritual; e fazer com que processos de morte contínua aconteçam, permitindo que relacionamentos, amizades, profissões tenham um fim – e deixando que novas circunstâncias surjam naturalmente depois.

E quanto mais nos agarramos no passado, consciente ou inconscientemente, mais estes impulsos fazem com que novas existências sejam apenas repetições do passado. E esse ciclo mais profundo é o que chamamos SAMSKARAS, os traumas de vidas passadas que continuam disparando impulsos em nossa consciência presente.

Por isso é muito importante entender que se não fazemos um trabalho de morte consciente em vida – que exige estudo e dedicação pra acessar e limpar nossas memórias e informações desencontradas QUE JÁ ESTÃO NOS INFLUENCIANDO – vamos também dificultar o momento da transição, porque tudo que acumulamos nos é revelado nestes instantes. Chamo este momento de uma CRUZ DE DESTINO, quando temos a oportunidade de definir um futuro mágico – ou pôr tudo a perder – em poucos instantes

Mas sem o devido preparo, o que pode acontecer? O que acontece quando não nos dedicamos o suficiente para um vestibular ou um teste de direção?

A vida é um processo contínuo. Não existe castigo. Podemos até dormir com uma preocupação e ter insights sobre ela, mas a responsabilidade de resolver a situação é nossa própria AUTO-TAREFA – afinal são nossos assuntos, e aprender com eles é maior sinônimo de evolução!

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