Como perceber sinais de vidas passadas no momento presente
Nosso ambiente está constantemente sendo bombardeado com informações: da vida presente, das vidas passadas, da nossa multidimensionalidade. Mas por falta de treino – e de consciência – não conseguimos perceber este movimento.
E a primeira coisa pra entender isso, é compreender que somos seres feitos de camadas. O que isso significa?
Classicamente, a psicologia classifica isso como mente consciente, inconsciente e subconsciente. E isso nos dá alguns parâmetros pra entendermos. Por exemplo, neste momento enquanto você lê este texto, ou lava sua louça, dirige ou conversa com alguém, está operando dentro de uma camada de sua mente.
Esta camada precisa existir, claro, ela faz parte da nossa estrutura, mas nosso problema começa quando fazemos dela nossa única morada, e começamos a ver a vida unicamente através da mente concreta, e começamos a ver as coisas por um único ponto de vista. Esta é a mente superficial, que não é utilizada apenas nas atividades do dia a dia, mas é também desenvolvida desde a infância na escola, quando aprendemos a ler e escrever, fazer contas… tudo relacionado a mente concreta e ao lado esquerdo do cérebro.
No entanto, nossa mente mais abstrata, lúdica e intuitiva, relacionada ao lado direito do cérebro, é desestimulada desde muito cedo, fazendo com que percamos canais de informação e contato com nossas partes mais profundas, mais verdadeiras e mais espirituais.
Vou te dar um exemplo pra compreender: uma criança quando nasce reconhece a si própria com “um ser que está habitando este corpo”. E é muito comum pra elas descreverem a si mesmas como “Rafael tem fome, Rafael tem sono”, mas conforme a criança interage com os adultos, muda sua estrutura linguística para “eu sou o Rafael”, e acaba com isso assumindo por inteiro a nova personalidade, definindo-se a si mesmo como esta estrutura que tem um nome e é separada de tudo. E nossa educação e modelo social fortalecem isso. E desta forma, ainda crianças com talvez 3 ou 4 anos, passamos a nos reconhecer apenas como este nome e um modelo mental, nos fechando em uma estrutura concreta, com pouco espaço para perceber novas realidades.
Quando isso acontece, o contato espiritual que a criança traz começa a se perder, como um músculo que não é exercitado. Crianças pequenas costumam se lembrar de seu passado de forma muito espontânea (e eu tive casos assim com meus filhos). Mas conforme os pais desconsideram isso, dizendo que é bobagem, a própria criança se esforça por enterrar isso, vivendo apenas na parte superficial da sua mente – a mesma mente concreta de que estamos falando!
E com isso, os sinais que o universo nos transmite continuamente acabam se perdendo porque esquecemos como interpreta-los!
Nossa mente concreta entende as coisas de forma matemática e literal. Mas para interpretar estes sinais, precisamos entrar muito mais em nossa capacidade de sentir e perceber, de conectar com o todo, e reconhecer o lado mais lúdico da vida.
Um exemplo pra você entender: os povos mais antigos, entre eles egípcios ou maias, tinham uma linguagem altamente complexa e simbólica – basta ver os hieróglifos que a história nos deixou e perceber que eles escreviam por símbolos e imagens, em oposição as letras do alfabeto ocidental. Essa era a linguagem do lado intuitivo, e não concreto como nós funcionamos hoje. Por isso, o modo de vida destes povos era sofisticado de tal modo que hoje a humanidade atual não consegue compreender suas construções e cultura, religião e filosofia, simplesmente porque eles viam as coisas em um nível de consciência completamente diferente do nosso. E a ciência de hoje, que é elaborada pela mente superficial e concreta, não consegue compreender uma linguagem baseada em algo que vem das profundezas da alma, e não da superficialidade da mente.
E o mesmo acontece conosco: podemos ate perceber sinais e não conseguir reconhece-los, por acreditar que sinais de vidas passadas virão na forma de frases em nossa mente – o que jamais irá ocorrer, porque os sinais operam através da mente intuitiva!
Alguns exemplos pra você compreender: anote épocas pelas quais se sente atraído, ou tem níveis de aversão – e estas duas palavras são muito importantes! Épocas, personagens históricos, raças, civilizações, continentes… só pra começar! E a partir destas informações, o que te atrai (mesmo que você não saiba muito sobre este local), ou o que você detesta e quer manter distância a todo custo?
Não importa se o sentimento é de atração ou repulsão: o fato de termos níveis de ligação emocional mostra que temos conexão com estes lugares ou períodos. E por isso que mesmo sem compreender porque, temos sentimentos que muitas vezes são ambíguos.
Mas porque sentimentos de desejo ou aversão?
Isso é bem interessante. Porque estes sentimentos opostos são determinantes pra revelar sobre nossas memórias e nosso passado? Todas as nossas vivencias, tudo que fazemos, por mais insignificante que seja, são constantemente gravados em nossa mente inconsciente, naquelas camadas mais profundas que mencionei. Assim como uma câmera de segurança que grava tudo 24h por dia, mas é somente quando percebemos algum movimento suspeito é que a gravação terá algum tipo de relevância.
Em nossas memórias, as informações estão igualmente sendo sempre registradas, mas a relevância surge quando existem emoções impregnando as cenas. Pra você ter uma ideia, neste exato momento, sua mente inconsciente está captando todas as informações ao seu redor que sua mente superficial não percebe, como temperatura ambiente e corporal, ritmo respiratório, batimento cardíaco, pressão arterial, sons do ambiente, música, o local em que você está sentado… seu foco pode estar na leitura, mas todo o resto está sendo registrado.
Quando existe algo realmente importante, juntamente com a imagem, armazenamos a emoção. E é ela que faz com que a informação seja gravada em destaque em nossos arquivos. Por isso, quando pensamos num período histórico e SENTIMOS atração ou rejeição por ele, significa que existe alta intensidade, e isso faz com que estas memórias sejam mais percebidas por você, desejando reencontrar aquele período/informação, ou querendo distancia dele!
E pra você compreender, é esta emoção latente (e geralmente despercebida) que exploramos quando realizamos uma Regressão: é aquilo que seu sistema compreende como mais importante naquele momento, através das cargas emocionais que carregamos de forma subliminar.
Este sistema também funciona com pessoas!
Já percebeu que algumas pessoas entram em nossa vida e nos trazem uma sensação familiar, como se a conhecêssemos, embora esta seja a primeira vez?
Outras nos trazem sentimentos opostos, quando recém encontramos alguém e imediatamente sentimos aversão por ela.
Embora não seja uma regra, num primeiro momento são reconhecimentos inconscientes OU da mesma pessoa que já encontramos em outras vidas, OU de características que a pessoa carrega e que não nos fazem bem. Nem tudo é literal…
O mesmo vale pra paixão a primeira vista, que comumente tem relação com vidas passadas, seja com pessoas ou energias com as quais já nos relacionamos.
Bem, você compreendeu que pra perceber os sinais precisamos estar atentos em algo que nossa sociedade desprezou por muito tempo, mas que hoje é fundamental pra nossa evolução: nosso campo de emoções e sentimentos. Precisamos aprender esta nova linguagem, que é feita de sensações, símbolos, arquétipos, e outras energias que não são literais como a mente concreta.
Na mente linear, o numero 5 é apenas a soma de 2 + 3.
Na mente abstrata, o numero 5 pode ter infinitos significados que nada tem a haver com a soma de outros números!
A linguagem de vidas passadas, sinais e arquétipos, esta muito mais relacionada com esta linguagem, que é a mesma dos sonhos, do que com o literal que usamos no dia a dia. Precisamos entender o sentimento e a emoção, e integrar tudo entre nosso hemisfério direito e intuitivo, e o hemisfério esquerdo e racional, pra nos sentir inteiros!
Se vivemos apenas no cérebro racional, temos uma vida superficial, e é assim que 95% das pessoas vivem, sem conseguir entender seus conflitos e bloqueios, sem ter um canal de comunicação superior mais apurado.
Se vivemos apenas na mente abstrata, nos tornamos um pouco como crianças, ou seja, sem capacidade de concretizar coisas na matéria. Por isso, precisamos do ponto de equilíbrio entre a abstração, criatividade e intuição, e combinar isso com a capacidade de realizar coisas no mundo material. Mas na condição humana atual, perdemos um grande manancial de informações que estão ocorrendo constantemente mas não percebemos.
E você, se sente atraído por algum momento histórico, por alguma raça ou civilização, ou até mesmo por algum sistema religioso? O que te atrai ou rejeita, aparentemente sem explicação? Comenta aqui comigo, e me conta o que percebeu!
Chegará um momento em que iremos falar de vidas passadas com a mesma naturalidade com que falamos de sonhos ou pensamentos: é algo que faz parte da nossa experiência, mas enquanto vivemos apenas na racionalidade, estamos desperdiçando oportunidade e sequer percebemos isso!
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