Crenças individuais e coletivas: o que precisamos saber pra ir além de todas elas

crencas limitantes

Anos atrás, quando eu e a Valeria começamos no circuito terapêutico, na época estudamos naturopatia, a importância dos alimentos na manutenção da saúde, florais, e logo na sequencia encontramos um termo pra era completamente desconhecido de nosso vocabulário: CRENÇAS.

Como nossas crenças moldam nossa realidade, com estamos cheios de crenças negativas, como elas são limitantes e podem nos prejudicar. Isso foi em 2008, e entramos de cabeça nessa história e ficou surpreso ao perceber que estávamos cheios destas crenças e sequer sabíamos disso!

Elas podem sim mudar nossa vida, mas conforme fomos aprofundando em campos energéticos e metafísicos de nossa constituição, fomos descobrindo outros aspectos a respeito deste tema. E o que quero compartilhar hoje são as seguintes perguntas: crenças são positivas ou negativas? Elas nos ajudam em nosso processo de despertar e expansão? Até onde devemos manter ou confiar em algum sistema de crenças? E isso é realmente definitivo para nosso crescimento interior?

Se você nunca ouviu falar sobre crenças, vamos pelo início:

Crenças são pensamentos que ouvimos, assimilamos e de alguma forma nos apegamos ou escolhemos, e que tem a capacidade de determinar certas consequências em nossa vida e destino.

Por exemplo: se quando alguém é criança ouve seus pais lhe chamando de burro e inútil o tempo todo, as custas de tanto ouvir estas frases, a pessoa acaba aceitando esta ideia. Poderia até ser uma criança muito inteligente, mas com base nesta crença (ou pensamento de seus pais), que é repetido constantemente e com intensidade, isso faz com que a pessoa assimile este pensamento (que é de outra pessoa), e tenha certos comportamentos compatíveis com ele – afinal, um pensamento deste provoca baixa auto estima e suas consequências em seus relacionamentos, profissão, saúde… por acreditar numa ideia que veio de outra pessoa.

Acontece que em nosso mundo (que é predominante mental), ouvimos coisas de autoridades (como nossos pais), que podem até mesmo ser muito bem intencionados; ouvimos coisas da família, do sistema religioso ou social, e as custas de tanto repetirem aquilo, acabamos incorporando isso em nosso repertório interior, em nossa estrutural mental – e sempre teremos comportamentos coerentes com estas crenças.

Mas uma crença é apenas um pensamento, ao qual aderimos por repetição ou escolha – e cada uma delas tem um comportamento coerente a ele. Como no exemplo anterior, se alguém acredita que é burro, vai ter ações equivalentes a incapacidade e falta de inteligência que pensa ter – e terá resultados ruins porque acredita que não serve pra nada.

Pelo contrário, se uma criança nasce num ambiente que proporciona estimulo e permite sua felicidade, criatividade, é claro que este se torna um adulto completamente diferente.

Neste ponto, vamos nos questionar novamente: crenças são positivas ou negativas? É importante nos livrar das negativas e cultivas as positivas?

Quando nós entramos neste conhecimento, isso me pareceu muito interessante e relevante, principalmente quando me dei conta de que tinha várias crenças a respeito de uma infinidade de assuntos – inclusive sobre nós mesmos! E entender o sistema de crenças, e como moldamos nosso comportamento com base nele é muito importante, porque compreendemos que muito daquilo que expressamos individualmente foi algo apenas ouvido e assimilado do coletivo (família, sociedade, educação, religião…). E isso nos ajuda a compreender como nosso mundo funciona!

Você já ouviu falar que a história é contata pelos vencedores? O que isso significa é que aqueles que vencem um conflito tem o poder de contar como ele aconteceu, muitas vezes mascarando situações neutras para criar tendências para as quais tem interesses.

Um exemplo prático disso é a extensão dos EUA como potência militar pelo mundo. Qual é o sistema de crenças que é vendida pela mídia e incutida na educação dos jovens americanos que os permite deixar sua terra natal e família para se meter em conflitos armados em lugares distantes? A crença de que eles estão defendendo a liberdade do mundo! Mas qual é o resultado prático deste sistema de pensamento? Guerra, conflitos e morte! E o número de combatentes que voltam para casa com inúmeros distúrbios mentais após “salvarem o mundo” é uma enorme ferida na sociedade e famílias americanas – algo que vai além do bem que supostamente está sendo feito.

Mas tudo isso só é possível por causa de um pensamento – ou crença – que desde cedo é colocado na educação, na mídia, ou que os pais construíram a respeito do que é ser patriota, e que faz com que jovens muitas vezes deixem toda uma vida promissora pela frente pra atravessar o oceano e se meter em conflitos em que ele muitas vezes nem sabem ao certo quem são os “certos ou errados”: ele apenas ouviu falar (através das autoridades, e repetidas vezes) de que “nós somos os bons” e os de turbante “são os maus”.

Esse é o poder das crenças na hora de manipular fatos, ideias e opiniões. E por isso é tão importante compreender como elas podem ser usadas contra nós, já que a sociedade e a mídia estão a nos constar coisas o tempo todo – e estas historias querem que acreditemos em algo que vá de concordância com eles.

E precisamos lembrar que apesar de vivermos em um universo autoconsciente e benevolente, a sociedade é feita de pessoas inconscientes, que tem seus próprios interesses escusos, e que vai tentar distorcer informações a seu favor.

Mais ainda, entenda que a emoção é muito poderosa pra instalar uma crença rapidamente, muito mais facilmente do que através da repetição.

Outro exemplo histórico simples: alguns documentos liberados a cerca de uma década pelo governo norte americano, revelam que o bombardeio de Pearl Harbor, quando os japoneses supostamente atacaram a base naval no Havaí “de forma furtiva e traiçoeira” já era esperada pela inteligência norte americana. Trocando em miúdos: eles sabiam o que viria, mas as autoridades permitiram que o “bombardeio surpresa” ocorresse, porque a reação popular obtida através da comoção emocional que foi gerada através dos milhares de mortos seria a melhor maneira de colocar os EUA dentro da segunda guerra – algo que até aquele momento a população não aprovava.

Emoção é muito poderosa pra instalar imediatamente novos sistemas de pensamento. E se não conhecemos estes mecanismos, continuamos sendo ludibriados sem perceber!

Existem crenças religiosas, claro. E pra nós que pertencemos a uma tradição judaico-cristã, como herança de nossos ancestrais, já nascemos em pecado porque, afinal de contas, “Jesus morreu na cruz por nossa causa”. E com isso, temos todos os motivos pra nos julgar pecadores desde o momento em que nascemos. E se formos um pouco mais longe, vamos encontrar ainda mais motivos pra nos sentir culpados, visto que segundo os mesmos preceitos religiosos, os “pais primordiais” da humanidade – Adão e Eva – foram expulsos do paraíso por “culpa da mulher”!

Percebeu quanta coisa inserimos em nosso sistema graças ao pensamento religioso dominante?

A apenas 100 anos atrás, existia outra crença que dizia que “negros não tem alma” – e esta estupidez de pensamento justificava as decisões da maioria (“podemos escraviza-los porque não passam de animais”…)! Uma estupidez tão grande quanto provocar uma guerra em nome da liberdade, ou de acreditar que mulheres são inferiores, ou tantas outras que nos divida ou separe nos colocando em níveis diferentes.

Mas lembre-se que na sua época, todas estas bobagens que mencionei pareciam coerentes para a sociedade (caso contrário, nada disso teria acontecido). E assim continuamos nós, imersos no pensamento dominante da sociedade conforme seus interesses. Mas hoje é ainda mais fácil da sociedade ou autoridades instalarem crenças em nosso sistema do que era a apenas 50 anos atrás, porque os meios de comunicação são extremamente eficientes pra isso – principalmente a televisão.

Como meio eletrônico, este é um equipamento neutro, e que pode ser utilizado conforme nossos interesses: podemos aprender com uma TV, ou nos limitar a ouvir noticiários (que são tendenciosos, nos instalando mais ideias, crenças e condicionamentos…)

Você conseguiu compreender que crenças são apenas pensamentos, mas entendeu a extensão deles em nossa vida – individual ou coletiva? Mas lembre-se que por algum motivo, resolver acolher aquela ideia – tanto é assim que na época da escravidão nem todos concordavam com isso: em qualquer das épocas sombrias de nosso mundo, sempre veremos que nem todos aprovavam o sistema dominante! Ou seja: abraçar um sistema de crenças significa que ele é conveniente pra nós, quando vamos ganhar algo com ele.

E como uma crença individual pode estar nos afetando?

Se acredito que nosso mundo é apenas um acidente cósmico, que por forças bioquímicas ao acaso a vida como conhecemos aconteceu (como se a inteligência pudesse surgir por acidente!), e que somos apenas carne e matéria destinada a desaparecer com a morte, este pensamento materialista vai inevitavelmente nos conduzir a comportamentos equivalentes.

Quando evoluímos e questionamos este sistema de crenças, e revemos a ideia de um mundo criado por acidente, começamos a procurar sistemas de religiosidade ou espiritualidade pra nos ajudar a compreender a extensão de quem somos. É um começo, mas o problema persiste se decidimos apenas acreditar naquilo que aprendemos, nos fechando em um novo sistema de crenças!

Eu diria que é “apenas preferível” um sistema religioso do que o ceticismo completo (embora existam céticos de melhor caráter do que muitos religiosos!), mas ela nos dá algum nível de conforto – mas nenhuma crença vai alterar que somos em profundidade a menos que partamos pro campo da investigação, a menos que possamos VIVER e NOS TORNAR a religião no seu sentido mais puro (ou RE-LIGARE em latim). A menos que sejamos a ponte entre Deus e os homens, isso pode nos ajudar… ou não!

A anos atrás atendi uma moça que vinha de determinada corrente religiosa que dizia que ela deveria fazer o bem para não ser castigada depois da morte. E essa ideia a atormentava, tirando sua autoestima e confiança, deixando seus limites para “fazer caridade e salvar sua alma”. A pergunta é: a crença religiosa estava fazendo bem ou mal a ela? Era apenas um pensamento, com resultados negativos pra ela.

Você já percebeu então que toda crença é apenas um punhado de… nada! rs É algo que você escolheu ou decidiu se apegar.

Claro que existem exceções, já que algumas vezes a informação é empurrada pra dentro de nossa mente quando éramos crianças e ainda inexperientes pra entender como o mundo funciona… mas depois que crescemos, podemos decidir nos comportar da forma como fomos condicionados, ou usar nossa sabedoria pra questionar os pensamentos que carregamos!

Crenças então sempre são um telhado de vidro: podemos acreditar na saúde ou doença, na capacidade ou falta dela, na beleza ou feiura… assim como meninas lindas que olham no espelho e se reprovam, causando bulimia e anorexia por distorcer sua própria imagem no espelho: são apenas pensamentos…

E porque sistemas de crenças dominam nosso sistema social? Porque fomos condicionados desde cedo a confiar cegamente unicamente no pensamento e na razão – só que isso não precisa ser assim. E mais ainda: é até preferível que não seja!

Nas escolas tradicionais de espiritualidade e esoterismo, o termo “crença” nem é citado! Isso é algo que vem da moderna psicologia ocidental – e precisamos entender que a sociedade ocidental como um todo ainda é muito limitada, porque baseia tudo em sua mente. Por isso, entenda que crenças podem nos auxiliar em alguns aspectos de nossa vida, mas nunca são definitivas para nosso crescimento interior!

Vamos então ao ponto central de tudo: conforme fui desenvolvendo meus sentidos internos, fui colocando em xeque tudo que aprendi dentro deste entendimento sobre as crenças, e a “verdade absoluta” de que os seres humanos são aquilo em que acreditam.

Os mestres orientais, por exemplo, dizem que “a mente é maia” (ou ilusão). Qual a resposta então?

Devemos ir além da mente, avançar para níveis superiores – na mitologia andina, sair do nível do jaguar (a mente) para entrar no nível do beija-flor (ou alma): é preciso elevar-se pois quanto mais subimos nestes níveis, mais poderosas são as mudanças que fazemos nos níveis inferiores.

Por exemplo, podemos fazer uma afirmação milhares de vezes para mudar uma crença em nossa mente. Ou fazemos uma única conexão com nossa alma, e automaticamente aquele pensamento limitante (junto com incontáveis outros) desaparecem porque atingimos um nível mais elevado.

E essa é a parte mais importante pra entender: trabalhar apenas no nível da mente é esta vinculado ainda ao maia. Por isso, escolas budistas falam sobre o “mentalismo” – este mesmo sistema de que falamos: o “pensamento positivo”, as “crenças positivas” e entendem que tudo isso ainda é a superfície do processo do despertar. Eu mesmo demorei um pouco pra entender isso, e porque minha alma sempre pede por mergulhos cada vez mais profundos…

E pra finalizar, quero dar 2 exemplos pra você entender tudo isso com clareza.

O primeiro observei em outra pessoa: alguns anos atrás assisti um vídeo em um canal de espiritualidade no youtube, onde a pessoa responsável falava sobre “teorias da conspiração”. E mais do que isso, complementou dizendo como acreditar nestas teorias estava fazendo mal pra ela, causando ansiedade, nervosismo… no entendimento dela, estas “teorias” eram a causa do seu mal-estar existencial. O que ela fez? Abandonou este sistema de crenças e escolheu um novo sistema. Simples assim: ela escolheu algo que parecia mais cômodo pra ela.

O segundo exemplo da minha própria vivência: quando eu mesmo comecei a tomar conhecimento destas mesmas “teorias de conspiração”, resolvi estudar o tema mas não apenas limitado a literatura ou dos incontáveis canais de conspiradores do youtube (alguns muito bons, outros que mais estragam do que ajudam). Em quem ou o que confiar então? Precisamos expandir a consciência, abrir a visão interior e ter a experiência direta a partir do nível do Espírito (onde todo o conhecimento está disponível para quem desejar acessar, além da mente e do ego). E uma das primeiras experiências neste nível nos levou até os jogos online (o vício da juventude de hoje). O que nós vimos ali?

Uma ponta da realidade sobre as “teorias de conspiração”, e VIMOS POR NÓS MESMOS que existem consciências por traz disso – e como é fácil pra estas forças involutivas despertar emoções negativas nos jovens, entorpecendo seus sentidos, e se alimentando através disso tudo. Deixou de ser uma teoria, deixou de ser uma crença pra se tornar um conhecimento próprio: não preciso mais “acreditar” ou “desacreditar” em qualquer coisa, além daquilo que eu mesmo experimentei!

A essência de tudo é compreender que toda crença é um pensamento que escolhemos, mas enquanto não vermos a realidade por traz da crença, ela é apenas algo que nos colocou numa zona de conforto. Num primeiro momento, podemos considerar que “acreditar em Deus” pode ser melhor do que ser materialista, ou ainda “acreditar num universo que me apoia” pode ser melhor do que carregar a culpa pelos crimes de meus ancestrais. Mas se não VERMOS A REALIDADE – e isso requer prática, abrir os sentidos internos, despertar a consciência, se não fizermos a Jornada de Expansão, tudo é apenas um pensamento. E justamente por se limitar a sistemas de crenças, que muitos “religiosos” choram e se desesperam quando a doença ou a morte lhes atingem: era apenas um punhado de pensamentos, porque elas nunca tocaram a eternidade, nem jamais viram o Espírito ou conheceram a Deus. E quando a vida exigiu, tudo o medo e desespero que haviam jogado pra baixo do tapete subiram a superfície!

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